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Os cientistas atuais afirmam que a modernidade em que vivemos hoje não seria possível, se não fosse graças a Leonardo e seus experimentos, entre eles o avião, o helicóptero, o tanque de guerra, o automóvel, a engenharia mecânica, a anatomia humana e muito mais.
E entre as inumeráveis criações “Leonardianas” se encontra a Bicicleta. O primeiro protótipo era feito em madeira, pesada e desconfortável, mas a ideia era clara: deslocar-se sobre duas rodas.
Quinhentos anos se passaram, a bicicleta foi aperfeiçoada, foi melhorada e modernizada, e segundo uma estatística da ONU, estima-se que noventa por cento da população mundial ao menos uma vez na vida usou-a como meio de transporte.
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Verdade e nada mais do que a verdade. Na maior parte das grandes metrópoles ou cidades de arquitetura européia as vias de circulação(ruas), são divididas em: parte para os automóveis, calçada e ciclovia, esta última bem reconhecida por serem pintadas de vermelho, uma iniciativa criada pelo próprio Parlamento Europeu, para incentivar as pessoas a utilizarem menos os poluentes automóveis e mais esse meio de transporte ecológico e saudável que dispomos, A bicicleta.
Aqui na Itália, sobretudo em Firenze, dispomos de uma grande rede de ciclovias, que liga todos os pontos cardinais da cidade, e estas ciclovias são muito utilizadas sobretudo durante os períodos de primavera e verão, enquanto que no norte do país, apesar de ser uma região montanhosa, o povo do norte enfrenta os desníveis do solo naturalmente em cima da bicicleta. E em alta montanha, o “trekking” no fim de semana é um esporte espetacular, independente da idade das pessoas que praticam. E realmente se vêem pessoas com mais de 70 anos que com suas bicicletas desfilam velozmente entre as ruas das pequenas cidades montanhosas, por puro prazer.
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É de uma certa importância citar que boa parte dos parlamentares da União Européia, que seja, de Bruxellas ou Strasburgo, usam a bicicleta para se deslocarem ao trabalho. E aqui se tratam de grandes cérebros capazes de decidir a vida de pessoas de 27 nações.
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Um belíssimo hábito dos europeus é o de ir de férias e levar as bicicletas, atracadas na parte traseira das sofisticadas “casas móveis”(roullottes), assim quando chegam na cidade de destino, estacionam e saem pela cidade pedalando, o chamado turismo agrário.
Desde o inicio da crise economica global de 2008, não somente na Europa, mas em todo o mundo a consciência ecológica esta sendo reconsiderada, re-estudada e reavaliada, tanto é verdade, que o novo presidente dos EUA está sendo rígido sobre esta questão, e os próprios americanos desde sempre taxados de carros-dependentes, estão mudando de costume e se observa através de reportagens que somente na cidade de Nova York houve um acréscimo de 15% nas vendas de bicicletas nos últimos 6 meses...
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Nunca é tarde para recomeçar, este é o momento para reconsiderar os nossos comportamentos dentro da coletividade global. Usar menos os meios movidos a combustão fóssil, e mais a força do próprio corpo (pedalando) para nos deslocar, isso não quer dizer retrocesso, mas processo avançado de auto progresso na vida de cada um de nós.
Por Luidjy Caetano (EcoReporter – Italia)
Luidjy Caetano é brasileiro, saiu de Curitiba a quase 10 anos para estabecer-se na Europa. Agora cidadão italiano, mora em Firenze. Luidjy será um dos nossos correspondentes na Europa. Notícias , novidades e dicas sobre ecologia, estilo e mobilidade sustentável . Assuntos tratados sobre a ótica de quem conhece duas realidades, Brasil/Europa.
As fotos desse post foram tiradas por ele a caminho do trabalho, em Firenze.
Ótimo texto.
ResponderExcluirSempre é interessante, saber o que acontece em outros países, outras culturas.
E o legal, é que a visão de um brasileiro!